De onde surgiu a ideia?
O blog The Minimagilist foi inspirado nos The Minimalists, Joshua Fields e Ryan Nicodemus, difusores do estilo de vida minimalista. Pode parecer algo novo, mas o ágil e o minimalismo estão conectados desde a criação do Manifesto Ágil, em 2001. O The Minimagilist não tem a pretensão de criar nenhuma metodologia nova (algo como o minimagilism) e sim difundir práticas ágeis que podem ser aplicadas no seu dia a dia. Como um minimagilista, o praticante do ágil, é o meu dever manter o ágil de forma simples e leve. Frameworks e metodologias podem ajudar, mas é preciso descomplicar.
Beleza. Mas que raios é esse tal de minimalismo?
O minimalismo ou a arte minimalista se desenvolveu na década de 60 nos EUA sendo caracterizada pela utilização de formas geométricas simples e uma menor gama de cores e materiais industriais existentes na composição dos trabalhos. O minimalismo desafiou as estruturas existentes na época ao trazer um novo significado sobre o processo e forma de representação da arte.
Por sua vez, o estilo de vida minimalista foi inspirado no principal fundamento da arte minimalista: a simplicidade. Ao contrário do que pode parecer, esse estilo não foca em ter menos (coisas) e sim em ter mais: Ter mais tempo, mais criatividade, mais felicidade e mais liberdade ao reduzir excessos e remover distrações. Fazer e ter coisas com propósito, focar no que importa, focar mais em pessoas e menos em bens materiais, tomar decisões mais conscientes, viver intencionalmente e de forma simples representam as principais atitudes de uma pessoa minimalista.
Okay. E onde entra o Ágil nessa história?
Bill Forsyth, um dos signatários independentes do Manifesto Ágil, disse o seguinte quando assinou o manifesto lá em 2008 (tradução livre): Os princípios ágeis podem ser chamados de “minimalismo” para o design de software – um ato criativo. Minimalismo e Ágil é o que há de melhor.
O Ágil é uma forma de minimalismo no desenvolvimento de software. Ele quebrou paradigmas ao desafiar o modelo tradicional (e popular) na época chamado waterfall (cascata). O Manifesto Ágil trouxe simplicidade na forma de trabalhar (a arte de maximizar a quantidade de trabalho não realizado) e colocou as pessoas no centro das atenções (Indivíduos e interações mais que processos e ferramentas). Quando incorporamos práticas ágeis como por exemplo do Lean, Scrum e Kanban no desenvolvimento de software e produtos estamos agindo para reduzir desperdícios, identificar valor, entender o propósito das coisas e fazer pequenas melhorias a cada dia, começando por onde estamos.
Ser ágil é ser minimalista.